quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Omelete diferente

    Olá!
    Uma amiga postou há um tempo atrás uma receita ótima, gluten free. Passei um print e guardei. Resolvi fazer hoje para o lanchinho da noite do filhote. Rápido, fácil e gostoso! Super recomendo! Lá vai:
    Você vai usar 6 forminhas de cupcake.
    Forre o fundo das forminhas com o recheio de sua preferência.     Eu usei peito de peru defumado e mussarela picados.
    Numa tigela bati rapidamente 2 ovos inteiros e 4 claras, acrescentei sal, pimenta branca, oregano e alho desidratado.
    E por último 2 colheres de farinha de arroz. Misturei e coloquei nas forminhas.
    Leve ao forno pré aquecido a 180°C por 30 minuto.
    É isso!
                                        Beijos e até! 


Fisioterapia no parto e puerpério

Olá!
    Fui convidada por uma amiga querida, Dra. Diane Coimbra para dar uma palestra sobre a atuação da fisioterapia no parto e puerpério no I Encontro de Fisioterapia na Saúde da Mulher. Um assunto que eu adoro! Apoio o parto normal, natural, humanizado...com tudo que tem direito, desde que haja condições de saúde da mãe e do feto e estrutura física no local.
    Eram só 15 minutos e milhões de coisas importantes para dizer, então, vou deixar umas dicas que são, na minha opinião, essenciais para um parto tranquilo:
   Primeiro de tudo, pré-natal, barrigudinhas! Vão as consultas, tirem as dúvidas, anotem para não esquecer, perguntem, perguntem, perguntem... e igualmente importante, sigam as orientações da equipe de saúde!
   Durante a gestação, para garantir que na hora do parto você vai estar segura e treinada, o ideal é procurar a Fisioterapia para Gestantes. Vai ajudar com as dores nas costas, nas pernas e pés, tratar o inchaço, se existir, fortalecer os músculos que vão ajudar na hora do parto (abdome, gluteo e coxas) e fortalecer a musculatura do períneo, que suporta todo o esforço do parto.
   E aí entra o treino para o parto! Isso vai envolver você e o acompanhante. O que fazer, como se posicionar, para que o bebê venha mais rápido e você sinta o mínimo de desconforto. Depois que o bebê nascer,tem mais fisioterapia! Dessa vez para melhorar a respiração, recuperar a musculatura abdominal e do períneo. E ainda, se houver necessidade, dar uma boa melhorada na aparência das estrias e flacidez. É isso! Por hoje é só! Mas volto em breve, com mais dicas.
                                                                                                                 Beijão e até!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Naked cake de chocolate

Olá! 
Hoje é  um dia muito epecial! Reformulei o blog e agora ele  vai conter utilidades, dicas, receitinha gostosas e tudo mais que interessa você e a  mim.
Como falei, hoje é um dia especial, é  aniversário do meu marido e fiz para ele um naked cake, que ficou lindo e gostoso . 
Aqui vai a receitinha. Se você  fizer, me conta como ficou!
Bolo:
4 ovos
3 xícaras de açúcar 
200 ml de leite de coco
200g de manteiga 
4 xícaras de trigo com fermento
1 colher de café de bicarbonato
2 colheres de sopa de cacau em pó 
Misture os ingredientes um a um na batedeira. Acrescente por último,  trigo, bicarbonato e cacau peneirados. Leve ao forno pré aquecido  até quando enfiar um palito de dentes, ele saia limpo. Deixe esfriar e desenforme.
Neste bolo eu dividi a massa em duas formas redondas sem buraco, de 25 cm de diâmetro,  mas você pode usar formas menores, que o bolo ficar mais alto e também muito charmoso!
Recheei com geléia de morango místico e cerejas ao marasquino (sem a calda), use bastante geléia, fica mais gostoso. Cobri com uma ganhe de chocolate que vou dar a receita a seguir:
1 barra de chocolate meio amargo de 150g, de boa qualidade
1 caixinha de creme de leite
1 colher de manteiga
Derreta o chocolate no microondas (1 minuto a 1 minuto e meio) ou em banho maria, misture o creme de leite e a manteiga. Derrame sobre o bolo e espalhe com uma espátula. 
Olha ele aí!

Mande seu comentário! Conta se você gostou!
Grande beijo!

domingo, 18 de novembro de 2012

Sangramento no meio do ciclo


Quer você sempre tenha tido ciclos menstruais regulares, quer a sua menstruação nunca tenha sido regular, você pode ser surpreendida por alguma pequena mancha de sangramento que aparece no meio do ciclo (fora dos dias da menstruação propriamente dita). Estas manchas são causadas por uma pequena quantidade de sangue que desce, deixando uma marca na sua roupa íntima. Podem apresentar diferentes colorações, marrom, vermelho ou rosado, então não se preocupe com esta cor. Felizmente, este sangramento não é nada que deva realmente preocupar você. Você encontrará, logo abaixo, algumas informações para compreender melhor as manchas de meio do ciclo:
  1. Alterações no equilíbrio hormonal. Todas as alterações no ciclo menstrual de uma mulher são causadas por alterações no equilíbrio entre o estrógeno e a progesterona. São particularmente comuns na perimenopausa.
  2. Momentos específicos. Se você nota o surgimento de uma mancha por volta do período de ovulação (de dez a catorze dias após o início do seu último ciclo menstrual), isto se deve provavelmente ao aumento de estrógeno no seu organismo. Manchas também podem aparecer quando um óvulo fertilizado se implanta no revestimento interno do útero. Manchas que ocorrem alguns dias, ou uma semana, antes da menstruação podem se dever a baixos níveis de progesterona o que, apesar de não ser um problema em si mesmo, pode causar infertilidade ou aborto quando a mulher está tentando engravidar. Manchas que aparecem em outros momentos do seu ciclo muito provavelmente são anormais.
  3. Mittelschmerz. Mittelschmerz é o termo em alemão para o estado dolorido que pode acompanhar a ovulação (literalmente, "dor do meio"); o termo fala em "meio" porque a ovulação ocorre exatamente no meio do ciclo menstrual mensal, e o termo médico em português para isto é "dor do meio do ciclo". Você poderá sentir a "dor do meio do ciclo" em um dos lados da parte inferior do abdome por volta do momento da ovulação, de 10 a 14 dias após o início do seu último ciclo. Se você tiver a dor do meio do ciclo ao mesmo tempo em que aparecer uma mancha, é quase certo que está ovulando. A Mittelschmerz não é nada com que você deva se preocupar; eu particularmente vejo-a como uma maneira conveniente de saber exatamente onde eu estou, com relação ao meu ciclo reprodutivo mensal.
  4. Outras Influências Em Potencial. O equilíbrio hormonal de uma mulher também pode ser afetado pelas seguintes condições:
    • Ganho ou perda de peso
    • Alterações na dieta (especialmente má alimentação)
    • Consumo excessivo de álcool ou cafeína
    • Exercícios físicos em excesso
    • Fumar ou usar drogas
    • Estresse (profissional, pessoal, ambiental)
    • Doenças
    • Parto, amamentação, aborto, dilatação e curetagem (D&C)
    • Cistos, pólipos, endometriose, miomas e outras anormalidades no aparelho reprodutivo
    • Perimenopausa
    • Início do uso de, ou alterações em medicações
    • Quimioterapia
    • Anorexia ou bulimia
    Se qualquer destes eventos ocorreu a você recentemente, as chances são de que seus hormônios estão temporariamente em desequilíbrio, e a mancha de meio de ciclo é o resultado. Se for verificado que o problema são miomas, talvez você queira dar uma olhada em remédios naturais para miomas; isto pode reduzir consideravelmente o aparecimento das manchas.
  5. Cortisol. Os efeitos do estresse merecem atenção especial. O cortisol é liberado pelas glândulas supra-renais quando estamos sob estresse, e o cortisol afeta diretamente o estrógeno, a progesterona e o DHEA. Se você está sob muito estresse, tente criar momentos de folga para você mesma, através de yoga, meditação, atividade física ou outros meios que possa.
  6. Quantidade. Outra maneira de avaliar as manchas é observar a quantidade. As manchas são denominadas "manchas" por um motivo - a quantidade de sangue não se aproxima daquela característica da menstruação. As manchas anormais tendem a aparecer por mais tempo do que o comum - duram mais tempo do que apenas um dia ou dois.
  7. Pílulas Anticoncepcionais. Manchas são comuns durante o primeiro ciclo de uma mulher quando ela começa a tomar pílulas anticoncepcionais, se ela deixou de tomar alguma, ou tomou atrasado. Além disto, as manchas normalmente aumentam um pouco ao final do terceiro ciclo, quando uma mulher começa a fazer uso da pílula. "Sangramento inesperado" é um pouco mais intenso do que simples manchas, e ocorre quando a pílula que você está utilizando não contém hormônio suficiente para o seu organismo em particular. Neste caso, não assuma que a sua pílula está realmente evitando a concepção, e marque uma consulta com seu médico para acompanhamento.
  8. Síndrome De Ovários Policísticos. Manchas em excesso às vezes podem ser sintoma da Síndrome De Ovários Policísticos. Cinco a dez por cento das mulheres em idade fértil sofrem de Síndrome De Ovários Policísticos; você pode aprender mais sobre isto na Associação da Síndrome De Ovários Policísticos.
Sempre é uma idéia investigar qualquer aliteração em seu ciclo menstrual, com seu médico. Manchas também podem ser sintoma de algum tipo câncer do aparelho reprodutivo feminino, ou doenças sexualmente transmissíveis.

 Fonte: http://www.comofazertudo.com.br/sa%C3%BAde-e-boa-forma/sa%C3%BAde-e-bem-estar/como-aprender-sobre-manchas-do-meio-do-ciclo

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O que é Doença Hipertensiva Específica da Gestante?


A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), na sua forma pura, caracteriza-se pelo acometimento de grávidas após a vigésima semana de gestação, apresentando: hipertensão, proteína na urina e edema. É uma doença que cede com o término da gestação, podendo evoluir para quadros mais complexos como eclampsia e Síndrome HELLP.
É a complicação mais frequente na gestação, levando a um aumento da pressão arterial a partir da vigésima semana de gestação podendo desaparecer até seis semanas após o parto e constitui a primeira causa de mortalidade materna da gravidez ao pós-parto.
De acordo com o Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004), caracteriza-se hipertensão arterial na gravidez quando a pressão arterial estiver maior do que 140 x 90mmHg, em duas tomadas com intervalo de 4h.
A manifestação mais característica dessa doença é um aumento da rigidez das artérias, que acarreta um aumento da resistência vascular periférica e tem como conseqüência imediata o aparecimento da hipertensão. Um dos mecanismos compensatórios da hipertensão consiste na perda de plasma para o espaço extravascular, o que resulta no aparecimento de edema (inchaço). Com a evolução da doença, há um comprometimento do fluxo sanguíneo de vários órgãos, como placenta, rins, fígado, cérebro e pulmões.
Podem ocorrer algumas alterações renais, sendo a lesão mais característica, a endoteliose capilar glomerular, que é responsável por todas as alterações funcionais existentes, tais como proteinúria, redução de fluxo plasmático e da filtração glomerular renal. São lesões reversíveis após o término da gestação. A diminuição na filtração glomerular renal é constante, assim como a elevação do ácido úrico, e elevação nos níveis de creatinina, podendo ocorrer também isquemia renal.
EFEITOS CIRCULATÓRIOS E AS CONVULSÕES NA DHEG:
As alterações hemodinâmicas observadas na gravidez normal não ocorrem na DHEG. Além da vasoconstrição periférica e de suas consequências, há anormalidade da coagulação e deposição de fibrinas na microcirculação da placenta. A fibrina compromete a perfusão adequada da placenta, contribuindo para a prematuridade, o baixo peso fetal e a mortalidade perinatal.
Um dos mecanismos compensatórios da hipertensão consiste na perda de plasma para o espaço extravascular, o que resulta no aparecimento de edema. A retração do volume plasmático na DHEG, no entanto, pode preceder a hipertensão. Com a evolução da doença, há um comprometimento da perfusão de vários órgãos, como placenta, rins, fígado, cérebro e pulmões. A retração do volume plasmático tem também como consequência o aumento da concentração sanguínea, diminuindo a velocidade do fluxo sanguíneo, favorecendo a ativação das plaquetas e a coagulação do sangue, levando consecutivamente a um a aumento da coagulação do sangue. A constante ativação plaquetária pode resultar em um aumento do consumo de plaquetas, que pode se sobrepor à capacidade de síntese, resultando em trombocitopenia.
Para muitos pesquisadores mulheres com DHEG tendem a adquirir lesão do endotélio, na qual estaria relacionado à ativação de neutrófilos, com a consequente produção de radicais livres do oxigênio, que resultaria em modificações na camada endotelial. Resultando na ativação das plaquetas que, por sua vez, mediariam a ligação de leucócitos específicos ao sítio da lesão aumentando os danos vasculares e favorecendo ainda mais ao processo de coagulação.
Classifica-se a DHEG em pré-eclâmpsia que é a forma não convulsiva marcado pelo inicio da hipertensão aguda após a vigésima semana de gestação, e eclampsia, que é um distúrbio hipertensivo gestacional que se caracteriza pelos episódios convulsivos consequentes a efeitos cerebrais profundos da pré-eclâmpsia. Isto é, diferentemente da pré-eclampsia que apresenta como sinais a tríade: hipertensão, edema e proteinúria; a eclampsia caracteriza-se pelo avanço e piora dos sintomas e por episódios de convulsão.
Á medida que a doença progride tem a possibilidade de ocorrer o vasoespasmos grave, podendo ocasionar alterações no fundo do olho como edema de retina, constrição ou espasmo arteriolar e hemorragias. Dores de cabeça, tonturas, distúrbios visuais e hiperreflexia podem aparecer decorrentes da irritabilidade crescente do sistema nervoso central que caracteriza as crises convulsivas. A dor abdominal é um sintoma tardio, que é atribuída ao estiramento da cápsula hepática devido ao edema e/ou hemorragias.
Podem ocorrer convulsões com contrações musculares que são precedidas por sensação subjetiva e passageira que procede a uma crise. Após uma convulsão a paciente fica em coma que varia em duração e profundidade, a condição dessa paciente é sugestiva da evolução da doença.
COMO RECONHECER UMA CONVULSÃO:
queda ao chão inconsciente
salivação
- respiração ruidosa
- movimentos bruscos e incontrolados da cabeça e/ou extremidades
- olhar vago, fixo ou “revirar dos olhos”
- espumar pela boca
- perda de urina e/ou fezes
- morder a língua e/ou lábios
- morder a unha ou dedos.
É importante evitar que a gestante se machuque durante as convulsões. Proteja a cabeça, os braços e pernas, e evite colocar qualquer objeto ou os dedos dentro da boca da paciente.
 INCIDÊNCIA:
A incidência da DHEG é em média de 5 a 10%, com taxas de mortalidade materna e fetal em torno de 20%, sendo muito frequente na adolescência. O Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004) revela que, a incidência de DHEG na gestação é de 10%, independentemente de sua etiologia, sendo considerada a primeira causa de mortalidade materna no ciclo gravídico puerperal, chegando a 35% de óbitos, decorrentes de complicações como eclampsia, hemorragia cerebral, edema agudo de pulmão, insuficiência renal aguda e coagulopatias.
A moléstia hipertensiva representa a entidade clínica que determina o maior numero de morte durante o parto, acarretando ainda, um número importante de neonatos vitimados, quando sobrevivem aos danos da falta de oxigênio perinatal.

COLABORADORES: Assis Júnior Cardoso Pantoja; Camila Chaves Lameira e Daniely Leal da Costa.
REFERÊNCIAS:
BRINGMANN, N. V. Hipertensão na gravidez. Disponível em:<http://www.maringasaude.com.br/drnevton/hipertensaonagravidez.shtml>. Acesso em 13/06/12.
CONSENSO BRASILEIRO DE CARDIOPATIA E GRAVIDEZ. Hipertensão na gravidez : pré-eclâmpsia e eclampsia. Disponível em:<http://www.manuaisdecardiologia.med.br/has/Pag14.htm>. Acesso em 13/06/12.
DUSSE, L. M. S.; VIEIRA L. M.; CARVALHO, M. G. Revisão sobre alterações hemostáticas na doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG). v. 37, n. 4, p. 12677-127802. Rio de Janeiro, 2001.
GALLETTA, M. A.; ZUGAIB, M. Doença Hipertensiva Específica da Gravidez . Disponível em:<http://www.ids-saude.uol.com.br/psf/medicina/tema7/texto105_definicao.asp>. Acesso em 13/06/12.
KAHHALE, S. ; ZUGAIB, M. Síndromes Hipertensivas na Gravidez: Pré-eclâmpsia. In: BENZECRY, R. ; OLIVEIRA, H. O. ; LEMGRUBER, I. Tratado de Obstetrícia . p. 524-529. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
MARTINS, C. A.; REZENDE, L. P. R.; VINHAS, D. C. S. Gestação de alto risco e baixo peso ao nascer em Goiânia. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 5 n. 1 p. 49 – 55, 2003.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dores pélvicas e Fisioterapia






 As dores pélvicas podem ter diversas causas, entre elas as causas genitais, como por exemplo: queda dos órgãos internos, Doença Inflamatória Pélvica (DIP) ocasionada por infecção bacteriana, malformações, aderências pélvicas pós-cirúrgicas, ameaça de aborto, gravidez ectópica (fora da cavidade uterina), uso de DIU (dispositivo  contraceptivo intra-uterino), ocasionado pela má colocação do mesmo ou rejeição, endometriose, e disminorréia (cólica menstrual), ocasionada pelo aumento das contrações uterinas.

As dores pélvicas podem ser também de origem intestinal e urológica, a de causa intestinal é principalmente decorrente da Síndrome do Intestino Irritável. É caracterizada como uma desordem funcional do intestino apresentando constipação, diarréia ou ambas, de forma alternada. Além disso, pode haver mudança na forma das fezes, urgência em defecar, presença de muco nas fezes, flatulência e distensão abdominal. Mulheres com depressão e ansiedade são mais frequentemente acometidas e acabam sentindo mais dor que as demais. Mudanças dietéticas, como suplementação com fibras, a prática de atividade física e aumento da ingestão de água deve ser a primeira linha de tratamento.

Outra doença que é vilã da dor pélvica é a Cistite Intersticial, que se apresenta como um distúrbio crônico do sistema por onde a urina é expelida. Apresenta-se como urgência em urinar, aumento da freqüência urinária e dor pélvica crônica. É comum ocorrer exacerbação no período pré-menstrual. Atinge preferencialmente, mas não exclusivamente, mulheres em idade reprodutiva. Os sintomas presentes são: dor pélvica, dor quando a bexiga está cheia, aumento do número de micções ao dia, idas ao banheiro à noite, urgência miccional, ardência ao urinar, dor nas relações sexuais e dor vaginal. Além disso, podem estar presentes depressão, fadiga, desânimo, insônia. A ingestão de alguns alimentos podem piorar os sintomas, especialmente café, álcool e alimentos apimentados. Vale ressaltar que se deve procurar auxilio profissional na apresentação de sintomas e antes de qualquer tratamento.

De uma forma geral os tratamentos fisioterapêuticos são bem aceitos para o tratamento da dor pélvica dentre eles podemos citar: Cinesioterapia, Terapia Manual, PNF (facilitação neuromuscular proprioceptiva), Hidroterapia, RPG (reeducação postural global), Stretching, Eletroterapia, Termoterapia, Massagem de Thiele. Deixo aqui alguns artigos científicos para vocês lerem e manterem-se um pouco mais informados a respeito do assunto.  

 Colaboradores

Fontes:
SOUZA, E.L.B.L. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia. Aspectos de ginecologia  e Neonatologia. 3ª Edição. Copyright, 2002.

VENTURA P L, SOUZA de C, SILVA M S, ALBERTINI R. Utilização da facilitação neuromuscular proprioceptiva no tratamento da dismenorréia primária. XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba.

DUARTE T B, BRITO L M O, BRITO L G O, FREITAS M M S, NOGUEIRA A A, CHEIN M B C. Fisioterapia na cistite intersticial. Femina Julho 2010 v 38 nº 7.

GIMENEZ M M, TOLEDO E R de A, CANCIAN T A. PREVALÊNCIA E tratamento fisioterapêutico da dor lombar no período gestacional - revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano VI, nº 18, out/dez 2008.

DALVI A R, TAVARES E A, MARVILA N D, VARGAS S C, RIBEIRO NETO N C. Benefícios da cinesioterapia a partir do segundo trimestre gestacional. Revista Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 1, p. 47-51, jan./abr. 2010.




terça-feira, 22 de maio de 2012

Fisioterapia no tratamento do câncer na pelve

      A cirurgia é a forma mais antiga de tratamento do câncer. Aproximadamente 60% dos pacientes de câncer serão submetidos à cirurgia isoladamente ou em combinação com outras terapias. Algumas das cirurgias mais comuns:

      ·         Histerectomia - retirada do útero;
      ·         Ooferectomia - retirada do ovário;
      ·         Salpingectomia - retirada das trompas;
      ·         Cirurgia de Wertheim-Meigs – histerectomia grau III;
      ·         Vulvectomia - retirada parcial ou total da vulva (às vezes há retirada da rede linfática inguinal);
      ·         Colpectomia - remoção das paredes vaginais parcial ou total.

      A fisioterapia tem um papel fundamental nas cirurgias oncológicas pélvicas, com o objetivo de preservar, manter ou recuperar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico buscando o bem estar e a qualidade de vida da paciente oncológica. A reabilitação deve procurar atender às necessidades específicas de cada paciente, com medidas que visem à restauração anatômica e funcional, ao suporte físico e psicológico.

      A fisioterapia no pós-operatório pélvico, inicialmente, divide-se em duas fases: fase imediata, quando se inicia do primeiro ao décimo dia após a cirurgia; fase tardia, quando começa após esse período. O ideal é o início imediato.
      O que a Fisioterapia faz no pós-operatório imediato?


     Os músculos, já muito contraídos e tensos desde antes da cirurgia pelo estresse do diagnóstico, pela expectativa da cirurgia e do tratamento pós-operatório, ficam ainda mais tensos pela dor da cirurgia e pelo medo de movimentar e de “abrir os pontos” da operação. A dor, com este aumento de tensão muscular, também aumenta. Para a paciente, parece impossível realizar qualquer movimento. No entanto, para superar esse problema é preciso quebrar o ciclo vicioso: medo – tensão – dor.
 
      Todas as pacientes submetidos à cirurgia de câncer devem iniciar com exercícios respiratórios. Os exercícios respiratórios, além de aumentar a capacidade pulmonar, acalmam, diminuem a ansiedade e a dor e ajudam no relaxamento muscular. Com isso, preparam os músculos e a paciente para a realização dos outros exercícios. Para a diminuição da dor e da tensão muscular, também existem outros meios que o fisioterapeuta pode utilizar: toques suaves e movimentos de massagem nas regiões contraturadas (tensas) e a aplicação de TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea), esta aplicação utiliza um aparelho que emite pulsações elétricas que relaxam e produzem analgesia.

      Após os exercícios respiratórios e o relaxamento, a paciente deve iniciar os exercícios que vão recuperar os movimentos, também diminuir a dor e levá-la a retomar suas atividades normais mais rapidamente. O fisioterapeuta especializado aplica técnicas que podem facilitar os movimentos.

      Na fase do pós-operatório imediato, a cicatrização ainda está se processando e os movimentos não devem esticar muito a pele da cicatriz cirúrgica, para não retardar o processo ou mesmo provocar complicações locais. É por essa razão que a paciente deve estar com a supervisão e orientação do fisioterapeuta.

      Outro agravamento é a retirada dos linfonodos nas cirurgias oncológicas, além de diminuir a defesa, altera a circulação da linfa (líquido que circula em vasos linfáticos e é filtrada pelos linfonodos) no local. Com essa retirada, a passagem desse líquido fica mais difícil, lenta e ela pode começar a se acumular: a região vai se tornando mais inchada e pode se instalar o linfedema (edema crônico). Para evitar que isso ocorra pode ser realizada a drenagem linfática manual.
      Quais são os objetivos na fase tardia?
  • Tratar a dor pélvica crônica;
  • Quebra de aderências causadas por fibrose na região da cirurgia dando maior mobilidade ao tecido envolvido nessa região;
  • Melhorar o reequilíbrio das funções das estruturas pélvicas como musculaturas, ligamentos, articulações e todos os outros tecidos e órgão ligados diretamente a essa região;
  • Fortalecimento dos músculos chaves, especificamente, caso necessário. Exemplo: Iliopssoas, os glúteos, o quadríceps e os ísquios além da musculatura que forma o assoalho pélvico (MAP) e facilitar as atividades de vida diária (AVD’S); e
  • Proporcionar melhor qualidade de vida.
       Que recursos a Fisioterapia pode utilizar?


       Eletroterapia para o tratamento da dor crônica e estimulação da musculatura do local, assim como outros recursos de termoterapia; a cinesioterapia; RPG; Pillates; massoterapia; hidroterapia; técnicas de drenagem linfática; terapias com cones vaginais e etc. Com finalidade de preservar, manter ou recuperar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico buscando o bem estar e a qualidade de vida da paciente oncológica.

       O tratamento de escolha deve ser sempre o menos invasivo e danoso para a paciente. Porém sempre respeitar a indicações e contra indicações de cada intervenção fisioterapeutica e a preferência da paciente a elas, informando-o dos riscos, benefícios e resultados.

       Não se pode deixar de ressaltar que a melhor intervenção nesses casos é atuação multiprofissional que enquadra a presença incontestável do médico especialista, do psicólogo e fisioterapeuta; podendo contar ainda com o auxílio dos profissionais de educação física e nutricionista.

      
Colaboradores: Aline Ribeiro Menezes, Assis Júnior Cardoso Pantoja, Maiara Silvana Salgado Batista e Rafaela dos Santos Reis, acadêmicos do 4o. ano de Graduação em Fisioterapia da Universidade do Estado do Pará
FONTES:
CAMARGO, M. C., MARX, A. G. Fisioterapia e Câncer. Capítulo do livro temas em Psico-Oncologia, vários autores, vários organizadores. São Paulo: Summus, 2008.
Oncologia ginecologia. Disponível em: < http://www.oncologiaginecologica.com.br/docs.php?id=36> aceso dia 08/maio/2012.
Instituto Nacional do Câncer. Disponivel em: <http://www.inca.gov.br