As
dores pélvicas podem ter diversas causas, entre elas as causas genitais, como
por exemplo: queda dos órgãos internos, Doença Inflamatória Pélvica (DIP) ocasionada
por infecção bacteriana, malformações, aderências pélvicas pós-cirúrgicas,
ameaça de aborto, gravidez ectópica (fora da cavidade uterina), uso de DIU
(dispositivo contraceptivo intra-uterino),
ocasionado pela má colocação do mesmo ou rejeição, endometriose, e disminorréia
(cólica menstrual), ocasionada pelo aumento das contrações uterinas.
As dores pélvicas podem ser também de origem
intestinal e urológica, a de causa intestinal é principalmente decorrente da Síndrome do Intestino Irritável. É caracterizada como uma desordem
funcional do intestino apresentando constipação, diarréia ou ambas, de forma
alternada. Além disso, pode haver mudança na forma das fezes, urgência em
defecar, presença de muco nas fezes, flatulência e distensão abdominal. Mulheres com depressão e ansiedade são
mais frequentemente acometidas e acabam sentindo mais dor que as demais.
Mudanças dietéticas, como suplementação com fibras, a prática de atividade
física e aumento da ingestão de água deve ser a primeira linha de tratamento.
Outra
doença que é vilã da dor pélvica é a Cistite Intersticial, que se apresenta
como um distúrbio crônico do sistema por onde a urina é expelida. Apresenta-se
como urgência em urinar, aumento da freqüência urinária e dor pélvica crônica.
É comum ocorrer exacerbação no período pré-menstrual. Atinge preferencialmente,
mas não exclusivamente, mulheres em idade reprodutiva. Os sintomas presentes
são: dor pélvica, dor quando a bexiga está cheia, aumento do número de micções
ao dia, idas ao banheiro à noite, urgência miccional, ardência ao urinar, dor
nas relações sexuais e dor vaginal. Além disso, podem estar presentes
depressão, fadiga, desânimo, insônia. A ingestão de alguns alimentos podem
piorar os sintomas, especialmente café, álcool e alimentos apimentados. Vale
ressaltar que se deve procurar auxilio profissional na apresentação de sintomas
e antes de qualquer tratamento.
De
uma forma geral os tratamentos fisioterapêuticos são bem aceitos para o
tratamento da dor pélvica dentre eles podemos citar: Cinesioterapia, Terapia
Manual, PNF (facilitação neuromuscular proprioceptiva), Hidroterapia, RPG
(reeducação postural global), Stretching, Eletroterapia, Termoterapia, Massagem
de Thiele. Deixo aqui alguns artigos científicos para vocês lerem e manterem-se
um pouco mais informados a respeito do assunto.
Fontes:
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