quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dores pélvicas e Fisioterapia






 As dores pélvicas podem ter diversas causas, entre elas as causas genitais, como por exemplo: queda dos órgãos internos, Doença Inflamatória Pélvica (DIP) ocasionada por infecção bacteriana, malformações, aderências pélvicas pós-cirúrgicas, ameaça de aborto, gravidez ectópica (fora da cavidade uterina), uso de DIU (dispositivo  contraceptivo intra-uterino), ocasionado pela má colocação do mesmo ou rejeição, endometriose, e disminorréia (cólica menstrual), ocasionada pelo aumento das contrações uterinas.

As dores pélvicas podem ser também de origem intestinal e urológica, a de causa intestinal é principalmente decorrente da Síndrome do Intestino Irritável. É caracterizada como uma desordem funcional do intestino apresentando constipação, diarréia ou ambas, de forma alternada. Além disso, pode haver mudança na forma das fezes, urgência em defecar, presença de muco nas fezes, flatulência e distensão abdominal. Mulheres com depressão e ansiedade são mais frequentemente acometidas e acabam sentindo mais dor que as demais. Mudanças dietéticas, como suplementação com fibras, a prática de atividade física e aumento da ingestão de água deve ser a primeira linha de tratamento.

Outra doença que é vilã da dor pélvica é a Cistite Intersticial, que se apresenta como um distúrbio crônico do sistema por onde a urina é expelida. Apresenta-se como urgência em urinar, aumento da freqüência urinária e dor pélvica crônica. É comum ocorrer exacerbação no período pré-menstrual. Atinge preferencialmente, mas não exclusivamente, mulheres em idade reprodutiva. Os sintomas presentes são: dor pélvica, dor quando a bexiga está cheia, aumento do número de micções ao dia, idas ao banheiro à noite, urgência miccional, ardência ao urinar, dor nas relações sexuais e dor vaginal. Além disso, podem estar presentes depressão, fadiga, desânimo, insônia. A ingestão de alguns alimentos podem piorar os sintomas, especialmente café, álcool e alimentos apimentados. Vale ressaltar que se deve procurar auxilio profissional na apresentação de sintomas e antes de qualquer tratamento.

De uma forma geral os tratamentos fisioterapêuticos são bem aceitos para o tratamento da dor pélvica dentre eles podemos citar: Cinesioterapia, Terapia Manual, PNF (facilitação neuromuscular proprioceptiva), Hidroterapia, RPG (reeducação postural global), Stretching, Eletroterapia, Termoterapia, Massagem de Thiele. Deixo aqui alguns artigos científicos para vocês lerem e manterem-se um pouco mais informados a respeito do assunto.  

 Colaboradores

Fontes:
SOUZA, E.L.B.L. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia. Aspectos de ginecologia  e Neonatologia. 3ª Edição. Copyright, 2002.

VENTURA P L, SOUZA de C, SILVA M S, ALBERTINI R. Utilização da facilitação neuromuscular proprioceptiva no tratamento da dismenorréia primária. XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba.

DUARTE T B, BRITO L M O, BRITO L G O, FREITAS M M S, NOGUEIRA A A, CHEIN M B C. Fisioterapia na cistite intersticial. Femina Julho 2010 v 38 nº 7.

GIMENEZ M M, TOLEDO E R de A, CANCIAN T A. PREVALÊNCIA E tratamento fisioterapêutico da dor lombar no período gestacional - revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano VI, nº 18, out/dez 2008.

DALVI A R, TAVARES E A, MARVILA N D, VARGAS S C, RIBEIRO NETO N C. Benefícios da cinesioterapia a partir do segundo trimestre gestacional. Revista Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 1, p. 47-51, jan./abr. 2010.




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