sábado, 19 de maio de 2012

Você vai fazer uma cirurgia pélvica? Veja o que a Fisioterapia pode fazer por você!


As  mulheres estão aderindo às cirurgias íntimas (ou pélvicas) cada vez mais, para corrigir imperfeições nas genitálias que interferem em suas performances sexuais, ou mesmo na hora de vestir um biquíni, fazendo com que sua autoestima fique comprometida. Existem, ainda, outras cirurgias, porém para correção de patologias. Quando uma das cirurgias que descreveremos a seguir é necessária, é comum as mulheres serem admitidas em um hospital, pelo menos um dia antes do procedimento. Para que o fisioterapeuta faça o melhor atendimento no pós-operatório, é importante uma avaliação minuciosa, direcionada ao estado geral da paciente. Então estas são as cirurgias pélvicas:

  • Histerectomia (total, subtotal, radical):
É a retirada cirúrgica do útero (total) ou apenas do corpo do útero, conservando-se o colo (subtotal), menos utilizada; ou, ainda, do útero por completo seguido das tubas uterinas e dos ovários (radical), indicadas em doenças mais avançadas como infecção crônica ou endometriose e em doença maligna dos ovários.

  • Histeroscopia cirúrgica:
Nesta cirurgia, introduz-se um histeroscópio através do colo uterino, dilata-se a cavidade do útero com líquido e realiza-se a retirada de pólipos, miomas, biópsia e até esterilização tubária.

  • Salpingectomia
É a retirada uni ou bilateral da tuba uterina. É indicada em casos de gravidez tubária, ou quando uma certa quantidade de líquido retido (hidrossalpinge) ou pus (piossalpinge), acha-se dentro de uma tuba e em certos casos de salpingite crônica.

  • Laqueadura:
Também conhecida por “ligadura de trompas”, é um processo cirúrgico que impede que a mulher engravide novamente. Nesse procedimento, as tubas uterinas são obstruídas, cortadas e/ou amarradas, impedindo a descida do óvulo e subida do espermatozóide, tendo como resultado um índice de concepção menor que 1%.

  • Reconstrução pélvica (prolapsos):
Com o avançar da idade a qualidade dos tecidos que suportam os órgãos pélvicos vai cedendo e dando lugar aos prolapsos de parede anterior (bexiga), posterior (reto) e apical (útero). Esta reconstrução cirúrgica corrige estes defeitos, substituindo os tecidos enfraquecidos do paciente, desta forma reduzindo o tempo cirúrgico e as recidivas.

  • Labioplastia ou Ninfoplastia:
É uma correção cirúrgica a fim de reduzir ou redefinir os pequenos ou grandes lábios vaginais. Indicada em casos de flacidez, hipertrofia (volume excessivo) ou problemas de má-formação.

  • Perineoplastia:
Cirurgia para reconstruir a musculatura do períneo, que pode ficar alterada após sucessivos partos naturais ou com a idade.

  •  Himenoplastia:
A reconstituição do hímen é um procedimento simples em que o cirurgião usa um retalho extraído da mucosa vaginal da própria paciente, a fim de “tampar” a entrada vaginal.

  • Clitoriplastia:
É a cirurgia que visa alcançar uma maior exposição do clitóris, através da remoção do excesso de pele  ao redor do mesmo, com um aumento da área de excitabilidade do órgão, aumentando a intensidade e a duração do orgasmo.


Os objetivos gerais e condutas da Fisioterapia visam intervir no pré e pós-operatório, fortalecendo os músculos do assoalho pélvico, reeducando a bexiga, acelerando o processo de recuperação após a cirurgia, e assim evitando complicações circulatórias, encurtamentos, atrofias e contraturas musculares; é muito importante estimular a movimentação no leito e a independência, além da deambulação precoce, reduzir a dor, manter força muscular e a amplitude de movimentos, assim como ensinar e orientar os exercícios para a  região perineal, promover relaxamento corporal, melhorar mobilidade, flexibilidade, coordenação motora, promover a reeducação postural e a conscientização corporal.
Portanto, informar à paciente sobre o motivo e objetivo de sua cirurgia com seus respectivos resultados a deixará muito mais tranquila e evitará possíveis complicações. Converse com seu médico e fisioterapeuta, que em conjunto farão o melhor por você!


Colaboração: Camila Lameira, Maria Gilvânia Dantas e Priscila Lima
Acadêmicas do curso de graduação em Fisioterapia do 4º ano da Universidade do Estado do Pará.


Referências Bibliográficas
ARAGUAIA, M. Laqueadura. Brasil Escola. Disponível em: < www.brasilescola.com/biologia/laqueadura.htm>
BARBOSA, S. Deslocamentos pélvicos e fisioterapia aplicada. Niterói-RJ, 2010. Disponível em: <http://sandrabarbosa.webnode.com.br/news/deslocamentos-pelvicos-e-fisioterapia-aplicada/>
BARBOSA, S. Fisioterapia pré-operatória. Niterói-RJ, 2010. Disponível em: <http://sandrabarbosa.webnode.com.br/news/fisioterapia-pre-operatoria/>
MORAES, A.M.N; MAGNO, F.G. Relato de caso de pós-operatório de histerectomia radical, cicatrização com pontos de fibrose e prevenção de incontinência urinária no tratamento fisioterapêutico. Centro Universitário do Pará. FisioWeb Gate.
PEARCE, S.Cirurgias Ginecológicas. Disponível em:<www.drsidneypearce.med.br/paginas/cirurgias_ginecologicas.html>
VELOSO, F.S. Fisioterapia. Dream Plastic, 2010-2011. (CRM-SP 104.838).

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